CRIADOR
DO DIA DA BANDEIRA DO BRASIL
Natural de Canguaretama, Rio Grande do Norte,
Manoel Tavares da Costa Miranda nasceu em 25/12/1873
Mudando-se para o Rio de Janeiro, recém designada capital do
regime republicano, seguiu carreira militar, servindo como soldado no Batalhão
Acadêmico. Em 1893, teve parte no episódio conhecido como a Revolta da Armada,
liderada pelo Almirante Custódio de Melo contra a posse arbitrária de Floriano
Peixoto, após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca. No referido
acontecimento, destacou-se em combate na Ponta da Armação, Niterói, em
09/02/1894, em cuja ocasião livrou da morte o Tenente Tasso Fragoso por um
grupo adversário de marinheiros. Em retribuição e elogio póstumo, Tasso Fragoso
viria a ser o redator de seu epitáfio, a saber: “Republicano histórico,
defensor extremo da República. Soldado de Floriano Peixoto. Criador da Festa da
Bandeira. Caráter ilibado. Intransigente no cumprimento do dever. De
honestidade modelar. Gastou a vida no serviço da Pátria e da Família. Homenagem
de seus amigos”. Trinta e quatro anos adiante, o soldado abandonou o serviço
militar para ingressar no campo político, sendo designado para ocupar
interinamente a Direção Geral da Fazenda Municipal. Exerceu também o cargo de
Secretário Geral da Fazenda entre 1931 e 1932, aposentando-se do serviço
público. Criador da celebração da Festa da Bandeira, comemorada
todo 19 de Novembro desde 1908, teve registrado na distinta coluna “Crônica
Científica” do jornal Correio da Manhã o devido reconhecimento do poeta Alípio
Bandeira, sob a forma de ode a sua personalidade e ao pavilhão nacional,
seguida de nota lamuriosa do articulista Floriano de Lemos a respeito do desdém
dos órgãos públicos com a figura de Manoel Miranda, por ele muito saudada.
Faleceu em 22/12/1935, no Rio de Janeiro, tendo seu corpo
sepultado no Cemitério São João Batista. Amanda Vilela.
AMANDA VILELA.